Destaque
Laboratórios de Transferência de Conhecimento
Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento
No Instituto Politécnico de Tomar o conhecimento nasce todos os dias… há sempre ideias para melhorar o meio envolvente. E os parceiros sociais caminham lado a lado porque sabem que todos juntos somos mais fortes e capazes de superar os limites.
Assim surgiu a Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento (otic.ipt) que de acordo com a responsável Clara Amaro é “uma oficina que é o ponto de ligação entre o Instituto e o exterior”. Garante que este espaço funciona como “se fosse o front- office de parcerias.” O que se pretende é que as tecnologias e o conhecimento que são desenvolvidos dentro da instituição sejam colocados ao serviço da comunidade.
Clara Amaro conta que a otic.ipt tem muita experiência em projetos feitos com empresas e garante que o Instituto Politécnico de Tomar tem uma grande capacidade para resolver problemas práticos, equipas multi disciplinares e, aliado a tudo isso, possui os conhecimentos que muitas empresas não conseguem ter.
Das competências da otic.ipt faz parte “tentar encontrar parcerias, estabelecer relações com empresas, participar em redes empresariais.” A responsável conta que trabalham com empresas de áreas bastante diferentes…o primeiro projeto que fizeram foi uma máquina para fazer moldes para fundição.
As áreas de ação da otic.ipt são a Technology Scouting; Portfolio e Redes de I&d; Transferência de Tecnologia e Conhecimento; Propriedade Intelectual/Industrial; Gestão de Projeto; Financiamento; Mecanismos de Apoio; Empreendedorismo e Monitorização de Resultados.
Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial
Paredes meias com a otic.ipt vive o Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial (line.ipt) resultado de uma parceria entre o Instituto Politécnico de Tomar, a Câmara Municipal de Abrantes, a Nersant e a TagusValley.
O line.ipt tem como objetivos desenvolver novos produtos, tecnologias ou melhorar as que já existem. O docente do Instituto Politécnico de Tomar, Pedro Granchinho, responsável pelo laboratório, conta que este estabelece a “ponte entre a comunidade académica e as empresas.” O line.ipt foi um projeto que nasceu das necessidades do mercado e que tem crescido. No meio de sorrisos, Pedro Granchinho garante “vêm ter connosco porque nós resolvemos os problemas concretos das empresas.” A primeira aventura onde embarcaram remonta ao ano de 2002, quando desenvolveram o mini elétrico numa altura em que não se falava em veículos elétricos em Portugal. E da extensa listagem de ideias que passaram do papel para a prática está uma caixa de velocidades eletrónica… o primeiro trabalho para empresas. Pedro Granchinho conta que depois veio a mota elétrica… e depois o ponto de venda móvel elétrico desenvolvido para a Unilever. Desenvolveram, igualmente, um módulo auto-sustentável em eletricidade e água. Da história do line.ipt, consta ainda, a fresadora Diaceros, o sistema de aquisição de dados, entre muitos outros.
Laboratório de Investigação Aplicada em Riscos Naturais
E, porque compreender a vulnerabilidade económica e social dos perigos associados aos riscos naturais e mistos é uma questão que está na ordem do dia até porque os fenómenos têm vindo a aumentar, não só em frequência, como em intensidade. E porque é preciso monitorizar para prevenir e delinear, antecipadamente, estratégias de sensibilização da população assim, surge no Instituto Politécnico de Tomar, pelas mãos da docente Cristina Andrade, o Laboratório de Investigação Aplicada em Riscos Naturais (NHRC.ipt).
A responsável revelou que o NHRC.ipt tem previsto um estudo na parte da cidade velha, em Tomar, relativamente a riscos de incêndios urbanos e riscos sísmicos. Sendo que, neste momento, se encontram a desenvolver um trabalho no âmbito das Cheias do Nabão, onde pretendem desenvolver a calibração de um modelo que possa permitir fazer a previsão das cheias.
Cristina Andrade revela ainda que continuam “o programa de qualidade ambiental no Paul do Boquilobo com a montagem da rede de monitorização das 4 estações meteorológicas e quatro estações hidrométricas sendo que, 3 são no rio Nabão, e uma no rio Almonda.
O NHRC.ipt integra ao núcleo que faz o acompanhamento da desertificação do Vale do Tejo (Lisboa e Vale do Tejo) colaborando desta forma com diversas entidades.
Laboratório Vida Assistida em Ambientes Inteligentes
Outro dos exemplos de que o conhecimento não vive estanque num laboratório e que a tecnologia de assistência é muito importante é dado através do Laboratório Vida Assistida em Ambientes Inteligentes (vita.ipt)
Gabriel Pires, o docente responsável, refere que o “vita.ipt desenvolve atividades na área da Assistência à Autonomia no Domicílio e é um laboratório de investigação e de transferência de conhecimento disponível a empresas da Região.
Este laboratório tem desenvolvido diversos protótipos de sistemas de mobilidade pessoal e interfaces visando promover o desenvolvimento de produtos e serviços nos sistemas de mobilidade para assistência a pessoas com mobilidade reduzida. Gabriel Pires garante ainda que o vita.ipt “tem condições muito boas para investigação nesta área e ” o objetivo é desenvolver provas de conceito e tentar transferir tecnologia para empresas nas áreas de assistência ao ser humano. Para o responsável o “principal objetivo é fazer com que as pessoas tenham uma maior autonomia, no caso dos idosos, para que possam viver durante mais tempo nas suas próprias casas… e, no caso de pessoas com limitações motoras, que possam fazer coisas que não conseguem fazer de forma normal.”
O vita.ipt pretende levar para o exterior todo este conhecimento que desenvolvem e querem envolver toda a comunidade estudantil, de docentes e investigadores de novas tecnologias e de novas provas de conceitos pois é uma “forma de começar a incutir a ideia da importância das tecnologias de assistência.”
Assim se faz a descoberta de conhecimento aliada à tecnologia no IPT para melhorar o meio envolvente e permitir que o conhecimento esteja ao acesso de todos e contribua para a qualidade de vida da comunidade.